Advogado pede indenização de 500 salários mínimos para viúva de Marielle Franco e assessora: ‘Justiça costuma ser comedida’

A vereadora do Rio de Janeiro e viúva de Marielle Franco, Mônica Benício (PSOL), está movendo uma ação de indenização pedindo 500 salários mínimos, o que equivale a aproximadamente R$ 706 mil. Além disso, a assessora de Marielle em 2018, Fernanda Chaves, também será beneficiada com uma ação semelhante, que pedirá mais 500 salários mínimos para ela.

Segundo o advogado João Tancredo, que está representando as duas mulheres, o valor solicitado na ação de indenização é significativo e busca compensar as perdas e danos sofridos. Tancredo ressalta que, apesar da magnitude do pedido, a justiça costuma ser comedida nesses valores. Ele cita um caso anterior, o de Amarildo, um ajudante de pedreiro sequestrado, torturado e assassinado por policiais militares da UPP (Unidades de Polícia Pacificadora), no qual a ação de indenização era de 500 salários mínimos para os seis filhos e a mulher dele, além de 150 salários mínimos para outros familiares.

O advogado também comentou sobre a relação com o ex-chefe da polícia do Rio, Rivaldo Barbosa, que recentemente foi preso. Tancredo afirmou que a notícia da prisão de Barbosa o deixou perplexo, já que ambos tinham se conhecido em 2013, durante o caso de Amarildo. Segundo Tancredo, Barbosa tinha realizado ações exemplares como delegado, como o momento em que ele foi ao escritório do advogado para ouvir as testemunhas no caso da morte de Maria Eduarda Sardinha, uma menina de 11 anos, morta por um tiro de fuzil em sua casa.

Portanto, a movimentação jurídica em torno do caso de Marielle Franco continua gerando polêmica e revelando intricados relacionamentos entre advogados, policiais e figuras políticas no Rio de Janeiro. O advogado João Tancredo reitera a importância de revisar e depurar as categorias políticas e policiais na cidade, que muitas vezes estão envolvidas em casos de violência e corrupção.

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