Repórter São Paulo – SP – Brasil

Advogado de Eduardo Appio questiona imparcialidade do TRF-4 ao julgar ex-juiz da Lava Jato, afirma Pedro Serrano.

O advogado de Eduardo Appio, Pedro Serrano, concedeu uma entrevista exclusiva ao UOL News, na qual abordou a suspeição do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) para julgar o ex-juiz da Lava Jato. Appio, assumiu recentemente a vaga deixada por Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba.

De acordo com Serrano, há uma série de elementos que levantam suspeitas sobre a imparcialidade do TRF-4 no caso de Moro. O advogado destacou que o tribunal possui uma relação estreita com a força-tarefa da Lava Jato, o que poderia comprometer a isenção necessária para o devido processo legal.

Serrano também argumentou que a atuação da Lava Jato em Curitiba foi marcada por uma série de irregularidades, como a gravação e divulgação de ligações telefônicas sem autorização judicial. Essas práticas, segundo o advogado, colocam em xeque a credibilidade do processo e comprometem a confiança da sociedade no sistema de justiça.

Além disso, o advogado ressaltou que há precedentes importantes que comprovam a falta de imparcialidade do TRF-4 em casos envolvendo a Lava Jato. Ele mencionou o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que o tribunal confirmou a condenação em segunda instância, mesmo diante de diversas inconsistências e irregularidades no processo.

Serrano reforçou a importância de garantir um julgamento justo e imparcial para Moro, destacando que todos têm direito a um processo legal adequado, independentemente de suas posições políticas ou envolvimento em investigações. Ele afirmou que a suspeição do TRF-4 é crucial para assegurar a isenção e a imparcialidade necessárias para o desenrolar do caso.

Por fim, o advogado expressou confiança de que as questões relacionadas à suspeição do TRF-4 serão devidamente avaliadas e levadas em consideração pelo Poder Judiciário. Serrano defendeu que é preciso garantir a plena transparência e o respeito aos princípios constitucionais, a fim de preservar a confiança da sociedade no sistema de justiça.

Diante das declarações do advogado de Eduardo Appio, Pedro Serrano, é evidente a preocupação com a imparcialidade do Tribunal Regional Federal da 4ª Região no julgamento do ex-juiz da Lava Jato. A relação próxima entre o TRF-4 e a força-tarefa da Lava Jato, bem como os precedentes que indicam falta de isenção, tornam necessária uma análise cuidadosa do caso. Resta agora aguardar como essa suspeição será tratada pelas instâncias superiores e qual será o desdobramento dessa questão.

Sair da versão mobile