De acordo com Priscila, no caso de mulheres envolvidas em abortos, existe a possibilidade de perdão judicial, desde que o juiz compreenda que os impactos do ato foram tão severos a ponto de dispensar a imposição de uma pena. Essa condição já está prevista no código penal para o crime de homicídio e não seria coerente não aplicá-la ao crime de aborto. Portanto, a ideia de que as mulheres sairiam impunes é falsa.
Outro ponto destacado pela advogada é a situação das crianças envolvidas nesse tipo de crime. Ao contrário do que foi propagado, as crianças não são inimputáveis para todas as situações. Segundo Priscila, no Estatuto da Criança e do Adolescente está prevista a possibilidade de internação, o que significa que elas poderão ser detidas e encaminhadas para instituições como a Fundação Casa, que reproduz o sistema prisional com mais violações, já que não garantem os mesmos direitos do código penal.
Diante dessas afirmações, fica evidente o perigo da propagação de informações incorretas e da adoção de uma postura extremista sem embasamento. Priscila reforça que é essencial combater a desinformação e analisar de forma crítica as consequências de projetos como esse para a sociedade como um todo. O debate sobre o tema continua e é importante que haja um olhar abrangente e fundamentado para garantir decisões justas e equilibradas.