Os fatos que culminaram na morte de Juninho ocorreram na madrugada do dia 15 de dezembro de 2007, no bairro Mary Dota, em Bauru. Segundo a denúncia, o adolescente foi abordado pelos policiais dentro de sua residência sob a suspeita de ter roubado uma motocicleta. Após agressões que resultaram em desmaio, Juninho foi levado ao pronto-socorro, porém não resistiu. O laudo do Instituto Médico Legal revelou que os choques elétricos provocaram uma parada cardiorrespiratória, levando à morte do jovem.
A decisão do Tribunal do Júri absolveu os réus por negativa de autoria, mesmo reconhecendo a materialidade do crime. Vale ressaltar que os quatro acusados foram expulsos da Polícia Militar, e um quinto policial envolvido no caso foi absolvido em 2018. Durante o julgamento, as defesas dos réus negaram qualquer participação no crime, e houve troca de acusações entre as partes envolvidas.
O então governador José Serra (PSDB) classificou a morte de Juninho como uma “brutalidade inaceitável” e assinou um decreto para indenizar a família da vítima. Segundo relatos dos familiares, os gritos e gemidos de Juninho eram audíveis durante a sessão de tortura. A tragédia continua a ecoar na memória da sociedade, evidenciando a importância do combate à violência policial e a necessidade de justiça para as vítimas de abusos de poder. A luta por uma sociedade justa e igualitária segue desafiando autoridades e cidadãos a buscarem um sistema de segurança mais humano e eficiente.