No entanto, a origem do Grupo Wagner não está relacionada ao poder do Kremlin ou mesmo ao presidente russo. A organização paramilitar foi criada em 2014, e embora tenha participado da anexação da Crimeia e da guerra na Ucrânia, essas ações não podem ser diretamente atribuídas a Putin.
Mesmo assim, Braverman acusou indiretamente Putin sobre a morte do criador do Wagner, Yevgeny Prigozhin, em um acidente de avião em agosto. Ela disse que “o regime de Putin decide o que fazer com o monstro que criou”. No entanto, essa afirmação não possui qualquer comprovação.
Essas acusações não são novidade. Países do Ocidente frequentemente atribuem ações desestabilizadoras à Rússia e ao Kremlin. Em resposta, a Presidência da Rússia negou qualquer envolvimento nessas especulações, classificando-as como uma “mentira absoluta”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as especulações sobre o acidente aéreo e a morte de Prigozhin são apresentadas com um viés ocidental. Ele reiterou que todas essas suposições são falsas.
É importante notar que acusações sem provas podem prejudicar a reputação de um país e gerar tensões nas relações internacionais. Portanto, é necessário que as acusações sejam substanciadas por evidências concretas antes de serem amplamente divulgadas.
No caso do Grupo Wagner, a natureza paramilitar da organização é inegável, mas é preciso cautela ao atribuir suas ações diretamente ao presidente Putin. O papel do Kremlin nessas atividades ainda precisa ser claramente comprovado.
É fundamental que as acusações sejam investigadas de maneira imparcial e transparente, para que a verdade seja descoberta e os responsáveis sejam responsabilizados, se for o caso. A disseminação de informações baseadas em especulações pode causar danos irreparáveis às relações entre países.