Repórter São Paulo – SP – Brasil

Acordo no Colégio de Líderes viabiliza votação de projeto de tributação de offshores na Câmara dos Deputados

Foi anunciado pelo líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), em suas redes sociais, que foi alcançado um acordo no Colégio de Líderes para a votação do projeto de lei que prevê a tributação de fundos especiais e offshores. Esse projeto é um dos principais itens da agenda econômica do governo para este ano.

A votação está prevista para acontecer ainda nesta quarta-feira (25), de acordo com a pauta do plenário. O objetivo do governo ao tributar esses fundos é aumentar a arrecadação em aproximadamente R$ 7 bilhões até 2024, mantendo um valor próximo nos anos seguintes. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca com isso atingir a meta de déficit zero nas contas públicas até o final de 2023.

As offshores são instituições financeiras estabelecidas fora do Brasil. Elas são frequentemente utilizadas por grandes empresários para evitar o pagamento de impostos, redirecionando recursos para contas bancárias localizadas em paraísos fiscais ao redor do mundo.

O projeto de lei, que tem como relator Pedro Paulo (PSD-RJ), propõe a tributação dos valores enviados para fora do país, com uma alíquota de 0% para transferências de até R$ 6 mil. Apesar do parecer favorável do relator, o projeto enfrenta dificuldades para avançar na Câmara, tendo sido pautado e cancelado diversas vezes devido à falta de acordo entre as lideranças.

A reunião de líderes em que a votação do projeto foi definida aconteceu após a troca de comando na presidência da Caixa Econômica. A presidência agora é ocupada por um aliado de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados. Essa mudança tem como objetivo facilitar a aprovação de projetos de interesse do governo na Câmara, aumentando o apoio dos partidos de centro e centro-direita.

Dessa forma, o governo busca utilizar a tributação dos fundos especiais e offshores como uma estratégia para melhorar as contas públicas e garantir uma maior arrecadação nos próximos anos. A votação do projeto é aguardada com expectativa pelo governo e por especialistas econômicos, mas ainda é necessário aguardar o desenrolar dos acontecimentos para ver se o acordo será realmente concretizado.

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