Acordo entre Venezuela e EUA suspende sanções em troca de eleições livres, mas medidas de Maduro levantam suspeitas de descumprimento.

Recentemente, um importante acordo foi estabelecido entre Caracas e a administração de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Após um ano de negociações secretas, os governos dos dois países chegaram a um entendimento que resultaria na suspensão das sanções que tanto prejudicaram a economia da Venezuela.

Nesse acordo, ficou acordado que o presidente Nicolás Maduro garantiria a realização de eleições livres e justas em 2024, além da libertação de prisioneiros políticos. Em contrapartida, Caracas aceitaria receber voos dos EUA com venezuelanos que estavam sendo deportados por estarem em território americano de forma irregular.

Essa aproximação entre os dois países também resultou na volta das exportações de minérios e na libertação de Alex Saab, aliado de Maduro, que estava detido nos EUA por acusações de lavagem de dinheiro. Tais medidas foram vistas como um sinal de esperança por parte de Biden, que buscava reverter as políticas adotadas por seu antecessor, Donald Trump.

No entanto, nas últimas semanas, o líder venezuelano tem adotado medidas que vão de encontro ao compromisso assumido. Isso tem gerado desconfiança entre a oposição em Caracas, que acredita que Maduro esteja apenas tentando ganhar tempo com promessas vazias feitas aos seus parceiros internacionais, como Biden e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar de algumas libertações de prisioneiros políticos terem sido aplaudidas pela representante da ONU, ainda há preocupações com a situação de muitas pessoas que continuam sujeitas a processos criminais e comparecimento periódico ao sistema judicial. Portanto, a pressão internacional pela libertação irrestrita dessas pessoas detidas arbitrariamente continua, na esperança de que o compromisso assumido seja cumprido integralmente.

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