Repórter São Paulo – SP – Brasil

Acordo de Paris: 200 países se unem na luta contra mudanças climáticas e recordes de temperatura marinha são alerta

Em 2015, quase 200 países assinaram o histórico Acordo de Paris, visando controlar o aumento da temperatura média global para no máximo 2ºC, e idealmente apenas 1,5ºC. No entanto, os últimos registros da temperatura da superfície terrestre e marinha apontam para um cenário preocupante que indica que esses limites podem ser ultrapassados mais cedo do que se esperava.

De acordo com dados do Copernicus, a temperatura média da superfície marinha está batendo recordes em todos os oceanos do mundo. Isso é um sinal alarmante, uma vez que o mar atua como um regulador da temperatura do planeta, absorvendo o calor e o CO2 em excesso. Além disso, o fenômeno El Niño tem acentuado esses registros inquietantes, resultando em perturbações climáticas em diversas regiões do mundo, como incêndios no Canadá, secas extremas na África e no Oriente Médio, e altas temperaturas em locais como a Austrália e o Cone Sul.

Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus Climate Change Service (C3S), afirmou que as temperaturas registradas em 2023 “provavelmente excedem as de todos os períodos durante pelo menos 100.000 anos.” Ela descreveu o ano como “excepcional”, com recordes climáticos caindo como dominós.

Esses dados reforçam a urgência de medidas para conter a mudança climática. O Acordo de Paris foi um marco importante nesse sentido, mas fica claro que a ação precisa ser ainda mais rápida e eficaz. O alerta do Copernicus serve como um lembrete de que o tempo está se esgotando e que as consequências de não agir podem ser catastróficas.

Diante desse desafio, os países precisam reforçar seus compromissos com a redução das emissões de gases de efeito estufa e com a transição para fontes de energia limpa. Além disso, é fundamental que a sociedade como um todo se mobilize em prol de práticas mais sustentáveis e de uma conscientização sobre a importância de preservar o meio ambiente. Se medidas significativas não forem tomadas, o planeta corre o risco de alcançar um ponto de não retorno em relação às mudanças climáticas.

Sair da versão mobile