As redes sociais da Latam foram inundadas por mensagens de usuários revoltados, exigindo o fim da política de acordos comerciais entre as empresas, o cancelamento de viagens marcadas e a responsabilização pelo acidente. No entanto, a legislação não permite a responsabilização da Latam pela operação e manutenção do voo da Voepass.
O acordo entre as empresas, conhecido como “codeshare”, tem como objetivo expandir a malha de voos e oferecer mais opções de conexões aos passageiros. Dessa forma, a Latam comercializa voos domésticos de curta distância operados pela Voepass, enquanto esta oferece voos nacionais mais longos operados pela Latam.
Roberta Andreoli, presidente da comissão de direito aeronáutico da OAB-SP, explicou que no “codeshare” a responsabilidade por eventuais incidentes recai sobre a empresa que contratou o piloto, não sobre a empresa que vendeu o assento ao passageiro.
A Latam, em resposta às críticas, afirmou que acordos comerciais como o realizado com a Voepass são comuns na aviação e que todas as informações sobre o operador responsável e o modelo de aeronave são disponibilizadas aos passageiros antes da compra do bilhete.
O acidente levou à morte de 58 passageiros e 4 tripulantes. Especialistas em aviação levantaram hipóteses sobre as possíveis causas da queda do avião, mas ressaltaram que ainda é cedo para determinar as razões do acidente. A caixa-preta da aeronave foi recuperada e as investigações continuam para esclarecer o ocorrido.
Este triste episódio serve de alerta para a importância da segurança na aviação e da transparência nas informações fornecidas aos passageiros, visando prevenir tragédias como essa no futuro.