Um aspecto preocupante dos dados divulgados pelo IBGE é a disparidade no acesso ao saneamento básico entre diferentes grupos étnicos. Segundo o instituto, pretos, pardos e indígenas vivem em piores condições de saneamento básico, com porcentagens baixas de acesso ao esgotamento adequado. Apenas 29,9% da população indígena brasileira é atendida por algum método adequado de saneamento, enquanto 70,1% vivem em condições precárias. Entre os que se identificam como pardos, 31,1% não têm acesso ao tratamento de esgoto, enquanto entre as pessoas pretas, esse número sobe para 25%. Por outro lado, os dados revelam que brancos e amarelos têm mais acesso ao saneamento básico, com porcentagens significativamente maiores de esgotamento adequado em comparação com os demais grupos étnicos.
Apesar dessas disparidades, o acesso ao abastecimento de água tem crescido e atinge uma porcentagem maior da população do que o sistema de esgoto. No entanto, as desigualdades regionais e étnicas também se refletem nesse aspecto, evidenciando a importância de políticas públicas que visem a universalização do saneamento básico no país. Os dados divulgados pelo IBGE servem como um alerta para a necessidade de investimentos e ações que garantam o acesso equitativo a serviços essenciais como abastecimento de água e esgotamento adequado para toda a população brasileira.