Em resposta às críticas, Gervais defendeu-se, afirmando que as pessoas têm o direito de odiar e não assistir ao seu show, mas isso não o impedirá de fazer o que ama. Ele ainda argumentou que comédia não deve ser feita às custas do sofrimento de outras pessoas, mas que não vai parar em detrimento daqueles que o apoiam. Além disso, Gervais ressaltou que uma piada não é uma janela para a verdadeira alma do comediante, e que seu novo especial aborda uma variedade de temas polêmicos, como sexo, morte, raça, religião e deficiência, entre outros.
Essa não é a primeira vez que o comediante enfrenta críticas por suas piadas controversas. Seu especial anterior na Netflix, “Supernature”, foi alvo de críticas de grupos de defesa da comunidade LGBTQIA+ devido a piadas sobre pessoas trans. No entanto, o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, saiu em defesa de Gervais e do comediante Dave Chappelle, que também foi criticado por piadas consideradas transfóbicas. Sarandos argumentou que comediantes frequentemente ultrapassam limites em suas piadas, e que isso faz parte da liberdade artística e de expressão.
Diante do embate entre as críticas à comédia de Gervais e a defesa da liberdade criativa, a polêmica em torno de “Armageddon” levanta questões importantes sobre os limites da comédia e a responsabilidade dos comediantes em relação ao conteúdo que produzem. A discussão sobre a liberdade de expressão versus respeito à sensibilidade das pessoas certamente continuará, à medida que o especial de Gervais torna-se alvo de controvérsias públicas. Enquanto isso, a Netflix enfrenta o desafio de navegar entre a defesa da liberdade artística de seus artistas e as preocupações do público em relação a conteúdos sensíveis e potencialmente ofensivos.