A cápsula Dragon, transportada pelo foguete Falcon 9, deverá se acoplar à ISS após aproximadamente um dia de viagem. A tripulação, composta por quatro pessoas, ficará seis meses na estação para realizar experimentos científicos.
A missão Crew-7 tem como comandante a astronauta americana Jasmin Moghbeli, de 40 anos, que está em sua primeira viagem ao espaço. Em uma entrevista coletiva no mês passado, ela expressou ansiedade em ver o planeta de cima, algo que muitos astronautas afirmam ser uma experiência transformadora.
Dois dos integrantes da missão, Andreas Mogensen, da Agência Espacial Europeia (ESA), e Satoshi Furukawa, da Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (Jaxa), já estiveram na ISS anteriormente, embora a primeira visita tenha durado apenas dez dias. Para o russo Konstantin Borisov, também será sua primeira vez no espaço.
Apesar das tensões diplomáticas entre Estados Unidos e Rússia, a colaboração entre as duas agências na ISS continua, sendo uma das poucas áreas de cooperação em andamento. O programa de troca de passageiros de foguetes também está sendo mantido, com russos viajando nas missões Crew-5 e Crew-6 da SpaceX, e americanos voando em naves espaciais Soyuz. Uma próxima missão russa com um americano está prevista para setembro.
A tripulação da missão Crew-7 se juntará aos sete passageiros que já estão na ISS, que tem sido habitada permanentemente por mais de 20 anos. Após alguns dias de relevo com a tripulação da Crew-6, os integrantes da última missão retornarão à Terra em outra cápsula SpaceX.
A SpaceX já realizou sete missões regulares para a ISS a pedido da Nasa, além de uma missão de teste com dois astronautas. A agência espacial americana também tem um contrato com a Boeing para o desenvolvimento de outro meio de transporte para a ISS. No entanto, esse programa tem sofrido atrasos e o primeiro voo de teste tripulado da Boeing está programado para depois de março de 2024.