Repórter São Paulo – SP – Brasil

A Recorrência dos Erros de Previsão de Crescimento do Brasil: Analisando Cenários e Impactos na Economia Brasileira em 2024

Em 2023, as previsões de crescimento do Brasil estiveram longe da realidade. É uma questão costurada na experiência do país todo o século 21. Após analisar os dados recolhidos pelo Banco Central, percebe-se que, desde 2000, a média aritmética do crescimento do Brasil foi de mísero 1,84% ao ano (2,3% após revisões). O erro foi de 1,91 ponto percentual em média, o que é significativo.

Os erros nas previsões não são novidade e não se limitam a governos específicos. A média de crescimento anual ficou fora das previsões em 15 anos nos últimos 22, demonstrando a recorrência desse cenário.

Para 2023, a previsão de crescimento foi de 0,8%, mas o crescimento efetivo deve ter sido de 3%. Para 2022, a previsão era de 0,4%, mas o PIB de fato cresceu 2,9%. O erro nas previsões é uma realidade constante, e há a tentativa de compreender as razões por trás dessas discrepâncias.

O que mudou na economia brasileira para que as previsões de crescimento fossem tão desviadas da realidade? Alguns apontam o aumento da produtividade, implementação de reformas de mercado e mudanças na organização da produção pós-pandemia como possíveis fatores. No entanto, é importante considerar a volatilidade da economia brasileira, sua dependência de preços e consumo de commodities e a natureza imprevisível das viradas de política e política econômica.

Para 2024, a previsão é de uma alta de 1,5% do PIB, variando entre estimativas máximas de 2,5% e mínimas de zero. A incerteza em relação às previsões persiste, mas é essencial compreender os motivos por trás dos erros para auxiliar na compreensão da economia brasileira e suas perspectivas de crescimento.

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