O chavismo tem suas origens na figura carismática e polêmica de Hugo Chávez, um militar venezuelano que liderou uma tentativa fracassada de golpe de estado em 1992. Após cumprir pena na prisão, Chávez se lançou na política e foi eleito presidente da Venezuela em 1998. Sua ascensão ao poder marcou o início de uma nova era na política venezuelana, caracterizada por um discurso anti-imperialista, socialista e populista.
Ao longo dos anos, o chavismo se consolidou como um movimento político de massa, apoiado por uma ampla coalizão de setores sociais marginalizados, incluindo trabalhadores, camponeses e comunidades indígenas. O governo chavista implementou uma série de políticas sociais e econômicas voltadas para a redução da desigualdade e a melhoria das condições de vida da população mais pobre, o que lhe granjeou grande apoio popular.
No entanto, o chavismo também foi marcado por um autoritarismo crescente, com a concentração de poder nas mãos do presidente e a supressão da oposição política. A polarização política e a crise econômica que se instalou na Venezuela nos últimos anos levantaram questionamentos sobre a validade e a sustentabilidade do projeto chavista.
Após a morte de Hugo Chávez em 2013, o chavismo continuou sob a liderança do presidente Nicolás Maduro, que enfrentou crescentes protestos e pressões internacionais. Hoje, o chavismo é objeto de intensos debates sobre o seu legado e o seu futuro, com alguns defendendo a sua continuidade e outros clamando por uma mudança de rumo na Venezuela.
Em meio a essas incertezas e controvérsias, uma coisa é certa: a genealogia do chavismo é complexa e multifacetada, refletindo as contradições e os desafios de um movimento político que dividiu opiniões e marcou a história recente da América Latina.