Repórter São Paulo – SP – Brasil

A objetificação feminina na terceira idade: um relato sincero sobre a invisibilidade e o desejo de ser desejada aos 52 anos.

Em meio a um dilema pessoal, uma mulher de 52 anos provocou polêmica ao admitir que, apesar de ser feminista, tem desfrutado da objetificação sexual. Em um relato franco e provocativo, ela descreveu o desconforto de passar despercebida ao entrar em um bar e ser ignorada pelos olhares masculinos. Ela questiona se há algo de errado em desejar ser notada e desejada na maturidade, e até mesmo brincou com a ideia de que isso seria uma “objetificação consensual”.
O texto, que faz parte de uma seção dedicada a discussões, notícias e reflexões voltadas para mulheres, levanta questões complexas sobre a valorização das mulheres pela sua aparência e a pressão social para se encaixar em um ideal de beleza masculino. A autora ressalta que a invisibilidade na vida adulta é tão opressiva quanto a objetificação, e revela que, mesmo sendo uma adolescente desajeitada, sempre foi bem resolvida e tinha uma boa autoestima.
Ela também compartilha um episódio em que se viu sendo acusada de objetificação por um homem, após perceber que ele não correspondia às suas expectativas intelectuais. O texto revela um debate interno e até contraditório, de uma mulher que reconhece os aspectos problemáticos da objetificação, mas também admite que, às vezes, deseja ser tratada como um indivíduo sexual e desejável.
A história provocou reações mistas nas redes sociais, com alguns apoiando a franqueza da autora e outros criticando a sua postura. Alguns internautas apontaram que a busca pela validação masculina não deveria ser um fator determinante na vida de uma mulher, enquanto outros defenderam que a libido na maturidade é perfeitamente normal e saudável.
Independentemente da controvérsia que o relato possa gerar, a autora destaca que o tema da objetificação e invisibilidade feminina merece ser discutido de forma mais aberta e honesta, sem julgamentos preconcebidos. O questionamento sobre o que significa ser desejada e valorizada na maturidade continua a criar debates e reflexões sobre o papel das mulheres na sociedade e a forma como são tratadas e percebidas.
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