Segundo o desembargador Simão, a complexidade do caso e a grande quantidade de réus envolvidos contribuíram para a demora no processo. Além disso, a defesa de um dos corréus também causou incidentes processuais. Simão destacou que a decisão de manter os condenados presos foi baseada na periculosidade da ré e na necessidade de garantir a ordem pública.
A defesa de Flordelis alegou que não houve revisão periódica da prisão preventiva, porém, de acordo com a decisão contrária ao pedido, a revisão foi realizada antes do julgamento e agora é responsabilidade da Vara de Execuções Penais.
Flordelis está presa desde agosto de 2021 na penitenciária feminina Talavera Bruce, no Rio de Janeiro. Ela foi condenada em novembro de 2022 pelo júri, que considerou que a ex-deputada foi a mandante do homicídio qualificado de seu marido. Além disso, ela também foi considerada culpada por tentativa de homicídio com uso de veneno, falsificação de documento e associação criminosa armada.
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado em 2019, em Niterói, com 31 perfurações de arma de fogo, sendo nove delas na região pélvica. Antes de sua morte, ele procurou o hospital várias vezes com dores estomacais, que foram atribuídas a tentativas de envenenamento por chumbinho.
A investigação apontou que o crime ocorreu devido à disputa pela quantia arrecadada pela igreja liderada por Carmo e Flordelis, que girava em torno de R$ 180 mil por mês. No entanto, Flordelis nega todas as acusações.
Em junho deste ano, a ex-deputada solicitou autorização para se casar dentro do presídio com seu namorado, o produtor artístico Allan Soares.