A era de ouro dos remédios para insônia: a eficácia, os riscos e quando usar medicamentos para dormir

Um terço dos adultos em todo o mundo enfrentam dificuldades para dormir ou permanecer dormindo, de acordo com uma pesquisa recente. Muitas pessoas recorrem a medicamentos para dormir, mas especialistas alertam que esses remédios não são isentos de riscos e devem ser usados com moderação.

A categoria de pílulas prescritas para insônia está em constante crescimento, com medicamentos como suvorexant, ramelteona e mirtazepina sendo aprovados para ajudar a promover o sono. Anti-histamínicos de venda livre também são utilizados por algumas pessoas para induzir a sonolência. No entanto, todos esses medicamentos têm riscos associados, como sonolência diurna e potencial de causar dependência.

David Neubauer, especialista em sono da Johns Hopkins Medicine, destaca que estamos vivendo em uma “era de ouro” dos remédios para insônia, mas enfatiza que o uso ideal desses medicamentos é apenas quando necessário, limitado a dois ou três vezes por semana, durante um curto período de tempo.

Quando usar remédio para dormir? Em situações específicas, o uso criterioso de remédios para dormir pode ser útil, como durante um período de duas ou três semanas de insônia desencadeada por um evento específico. Os médicos também podem recomendar o uso desses medicamentos como último recurso após tentativas sem sucesso de mudanças no estilo de vida e terapia cognitivo-comportamental projetada para o sono.

Porém, é importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso de qualquer medicamento para dormir, e sempre seguir as orientações médicas. Além disso, é fundamental estabelecer bons hábitos antes de dormir, como dormir em um ambiente escuro e evitar o uso de telas.

Os remédios prescritos têm seus próprios efeitos colaterais, desde tonturas e dores de cabeça até problemas gastrointestinais. Eles também não devem ser misturados com certos medicamentos e substâncias, como álcool e antidepressivos, pois isso pode resultar em efeitos colaterais graves.

Por fim, para aqueles que desejam parar de tomar remédios para dormir, é recomendado um processo lento e estratégico, com a ajuda de um profissional de saúde, para evitar sintomas de abstinência e insônia de rebote. A terapia cognitivo-comportamental para insônia também é uma alternativa duradoura aos medicamentos, ajudando a abordar as causas subjacentes da insônia.

Portanto, embora os remédios para dormir possam oferecer alívio temporário, é essencial abordar as causas da insônia e buscar alternativas duradouras para garantir um sono saudável e de qualidade. O uso consciente e sob orientação médica é fundamental para minimizar os riscos associados a esses medicamentos.

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