Essa realidade dramática tem gerado preocupação entre os habitantes da região. Com os pântanos da Mesopotâmia em extinção, a civilização dos “maadan”, caçadores-pescadores que habitam essa região há 5.000 anos, está ameaçada. A área das três zonas pantanosas foi reduzida de 20.000 km2 para menos de 4.000 km2 nas últimas décadas, de acordo com as estimativas mais recentes, impactando drasticamente a vida dos moradores locais.
Para Mohamed Hamid Nur, a situação é ainda mais grave, já que ele perdeu 75% de seus animais e não tem outra fonte de renda. Ele lamenta: “Se a seca continuar e o governo não nos ajudar, os outros vão morrer também”. A preocupação está presente não só entre os “maadan”, mas em toda a população local que teme o desaparecimento dos pântanos, que foram declarados Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Diante desse cenário, é urgente que medidas efetivas sejam tomadas para preservar os pântanos da Mesopotâmia e garantir a sobrevivência dos habitantes locais. O impacto ambiental e social dessa crise é alarmante e exige a atenção das autoridades competentes. A seca e a salinidade da água estão fazendo vítimas não só entre os animais, mas também entre as pessoas que dependem diretamente desse ecossistema para sobreviver.
A preservação dos pântanos da Mesopotâmia é uma questão que vai além da conservação ambiental, é uma questão de sobrevivência para toda uma comunidade enraizada nesse ecossistema há milhares de anos. A situação de Mohamed Hamid Nur é apenas um exemplo do impacto humano dessa crise, que clama por soluções imediatas.
