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A armadilha do CDI: por que projetar retornos baseados apenas nessa referência pode comprometer seus objetivos financeiros a longo prazo

A rentabilidade do CDI, que já não atinge 1% ao mês há algum tempo, ainda serve como referência para muitos investidores projetarem seus retornos ao longo do tempo. No entanto, essa prática pode conter armadilhas que prejudicam o planejamento financeiro e as expectativas de acumulação de patrimônio.

Ao estimar ganhos com base na rentabilidade do CDI, é importante considerar o impacto do Imposto de Renda (IR). O CDI reflete uma rentabilidade bruta, antes da dedução do IR. Projetar retornos sem levar em conta esse imposto pode resultar em uma surpresa desagradável, já que o montante final pode ser menor do que o esperado devido à tributação.

Além disso, a rentabilidade do CDI é nominal e inclui a inflação. Nos últimos 10 e 20 anos, o CDI obteve ganhos reais muito baixos, levando em conta o IPCA. Portanto, projetar um ganho de 1% ao mês com base no CDI sem considerar a inflação pode comprometer os objetivos financeiros de longo prazo.

Uma abordagem mais prudente para a projeção de retornos a longo prazo é considerar uma taxa real, descontada da inflação e do IR. Títulos públicos federais indexados ao IPCA podem ser usados como referência. Estimar retornos líquidos reais em torno de 4,5% ao ano acima do IPCA, ou cerca de 0,36% ao mês, pode oferecer uma visão mais realista dos ganhos efetivos.

Projetar retornos de forma realista, com base em taxas líquidas e reais, é essencial para um planejamento financeiro sustentável e para alcançar os objetivos desejados. Assim, investimentos que oferecem taxas reais sólidas e isentas de IR, como títulos corporativos de alta qualidade ou fundos de infraestrutura, apresentam boas oportunidades para os investidores que buscam um crescimento consistente de seu patrimônio.

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