64 anos de Brasília: a influência marcante do choro na cena musical da capital brasileira

Nesta terça-feira, dia 21 de abril, Brasília comemora seus 64 anos. A capital do país é conhecida por ser um verdadeiro caldeirão cultural, onde diferentes culturas se encontram e se misturam, enriquecendo a cena musical, gastronômica e artística da região.

Um dos principais símbolos desse mix cultural é o ritmo do chorinho, que ecoa pelos bares e ruas da cidade. A história de Brasília está intrinsecamente ligada ao choro, desde os tempos da Ditadura Militar, quando Jacob do Bandolim morou brevemente na cidade e impulsionou o renascimento desse gênero musical no país.

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Muitos músicos surgiram em Brasília ao longo dos anos, sendo um deles o renomado Hamilton de Holanda, um expoente do chorinho e um dos fundadores da primeira Escola de Choro do mundo. Em uma entrevista para o aniversário de Brasília, Hamilton destacou a importância do chorinho na cultura da capital, evidenciando a relevância desse ritmo na identidade brasiliense.

Além disso, o músico ressaltou a influência da arquitetura e urbanismo únicos de Brasília, bem como a desigualdade social presente na cidade, na produção musical dos artistas locais. A dualidade entre essas características singulares e os desafios sociais reflete nas composições e experiências dos músicos da capital, tornando a música brasiliense um reflexo do Brasil em sua complexidade.

Ao abordar o futuro da cena musical em Brasília, Hamilton demonstrou otimismo, destacando a diversidade e potência criativa da cidade para inovar e valorizar suas raízes culturais. Ele enfatizou que a convivência de pessoas de todo o Brasil e de diferentes partes do mundo contribui para o surgimento de artistas talentosos e inovadores, garantindo que Brasília continuará sendo um celeiro de novos talentos musicais.

A influência cultural diversificada, que inclui desde a cultura nordestina até o rock brasiliense, o hip-hop e o rap, reflete a riqueza e originalidade da música produzida na cidade. Hamilton acredita que sempre haverá espaço para os mais variados estilos e culturas na cena musical brasiliense.

Por Tiago Vechi
Jornalista

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