No total, os EUA registraram 28 desastres no ano passado, cada um com custos de pelo menos US$ 1 bilhão. No entanto, a estimativa do número de americanos deslocados por esses desastres tem sido desafiadora devido ao sistema de resposta fragmentado do país. Especialistas apontam que compreender o impacto humano desses eventos é cada vez mais crucial, à medida que a mudança climática intensifica o clima extremo.
Os dados sobre deslocamento foram coletados por meio da Pesquisa Pulso das Famílias, realizada pelo Census Bureau para medir os impactos sociais e econômicos emergentes na população americana. Essa pesquisa, que passou a incluir questões sobre desastres em dezembro de 2022, revelou que 2,5 milhões de pessoas foram deslocadas em algum momento do ano passado.
Embora a coleta de dados possa apresentar limitações, a pesquisa Pulso é uma das melhores fontes disponíveis sobre deslocamento nos Estados Unidos. Furacões, inundações e incêndios continuam sendo as principais causas de deslocamento, afetando estados como Flórida, Texas, Califórnia e Louisiana.
É importante ressaltar que comunidades mais vulneráveis e minorias étnicas sofrem maiores impactos dos desastres, com pessoas negras, latinas e de baixa renda sendo deslocadas com mais frequência e por períodos mais longos. A análise dos dados também mostra que pessoas LGBTQ+ pertencentes a esses grupos sofrem ainda mais com os efeitos dos desastres relacionados ao clima.
Diante do cenário alarmante, especialistas apontam a necessidade de compreender a magnitude dos desastres climáticos e adotar medidas para minimizar seus impactos. A coleta e análise de dados precisos sobre deslocamentos são essenciais para que as autoridades possam responder de forma eficaz e apoiar as comunidades afetadas.